Eficiência na movimentação de cargas: desafios e soluções
Combilift Brasil
Tempo de leitura: 16 minutos
A movimentação de cargas é um dos pilares da eficiência operacional em armazéns e centros de distribuição. Os desafios dessa operação vão além da simples logística de transporte interno. Envolve otimização de espaço, segurança, tecnologia e gestão de equipes.
Neste artigo, exploraremos os principais obstáculos enfrentados na movimentação de cargas e estratégias eficazes para superá-los.
Principais desafios na movimentação de cargas
Antes de abordar os desafios específicos, é fundamental compreender a importância de mapear as ineficiências na intralogística. Um mapeamento detalhado permite identificar gargalos operacionais, desperdícios e oportunidades de melhoria que impactam diretamente na produtividade e nos custos logísticos.
O primeiro passo para um mapeamento eficiente é coletar dados relevantes sobre a operação, como tempos de movimentação, índices de retrabalho, utilização de equipamentos e taxa de erros em processos.
Ferramentas como análise de fluxo de valor (VSM - Value Stream Mapping) podem ser aplicadas para visualizar cada etapa da movimentação e eliminar atividades desnecessárias.
Outra estratégia eficaz é realizar auditorias operacionais e observar diretamente os processos no armazém. Conversar com os operadores, entender as dificuldades enfrentadas no dia a dia e comparar os dados coletados com os KPIs estabelecidos ajuda a criar um diagnóstico mais preciso.
Após identificar as ineficiências, é essencial priorizar as ações de melhoria com base no impacto que cada ajuste trará para a operação. Pequenas mudanças, como reorganização do layout ou ajustes nos procedimentos, podem gerar ganhos significativos de eficiência.
Agora que entendemos a importância do mapeamento, vamos explorar em detalhes os desafios mais comuns enfrentados na movimentação de cargas e como superá-los de forma estratégica.
1. Falta de integração entre sistemas de gestão
A movimentação eficiente de cargas exige precisão na localização dos produtos, rastreabilidade e controle de estoque.
No entanto, muitas empresas enfrentam dificuldades na integração de sistemas WMS (Warehouse Management System) com outros sistemas logísticos e ERPs. Isso pode resultar em divergências de inventário, dificuldades no rastreamento de mercadorias e atrasos operacionais.
2. Uso ineficiente do espaço no armazém
A falta de um layout bem-planejado pode gerar congestionamentos, aumentar o tempo de movimentação e reduzir a produtividade da equipe. Corredores mal dimensionados, falta de endereçamento lógico e excesso de produtos em áreas de alto tráfego podem impactar diretamente na eficiência das operações.
3. Alta rotatividade de operadores logísticos
A movimentação de cargas requer operadores treinados e experientes. A alta rotatividade de funcionários no setor logístico gera a necessidade constante de novos treinamentos, o que impacta a curva de aprendizado e a eficiência operacional.
4. Equipamentos defasados ou em manutenção frequente
Empilhadeiras, paleteiras elétricas e transportadores são essenciais para a movimentação ágil de mercadorias. Porém, a falta de manutenção preventiva ou o uso de equipamentos ultrapassados pode gerar paradas inesperadas, atrasando operações críticas.
5. Segurança operacional e redução de danos
Acidentes envolvendo operadores e avarias em produtos são desafios frequentes. A falta de sinalização adequada, excesso de velocidade de equipamentos e erros humanos podem gerar custos elevados com retrabalho e substituição de mercadorias danificadas.
6. Comunicação ineficiente entre departamentos
Problemas de comunicação entre recebimento, armazenagem, separação e expedição podem resultar em movimentações desnecessárias, divergências no estoque e atrasos nas entregas. Falhas nesse fluxo comprometem a eficiência global da operação
Estratégias para melhorar a movimentação de cargas
1. Implementação de tecnologia para rastreabilidade e automação
A integração de sistemas WMS com RFID e sensores IoT permite o rastreamento em tempo real de mercadorias, reduzindo divergências e aumentando a acuracidade do estoque. Além disso, a adoção de sistemas automatizados de picking, como sorters e robôs móveis autônomos (AMRs), pode reduzir significativamente o tempo de movimentação.
2. Otimização do layout do armazém
A reestruturação do layout do armazém pode aumentar a produtividade sem a necessidade de investimentos em infraestrutura. Algumas estratégias incluem:
- Classificação ABC: posicionar os itens de maior giro (A) em locais de fácil acesso.
- Fluxo unidirecional: evitar cruzamento de rotas para reduzir congestionamentos.
- Separação por zonas: alocar produtos conforme a frequência de movimentação, reduzindo deslocamentos desnecessários.
- Redefinição do posicionamento das estruturas de armazenagem: ajustar a disposição das prateleiras e racks para facilitar o fluxo de movimentação e reduzir o tempo de busca por produtos.
- Criação de áreas de consolidação e separação próximas à expedição: isso minimiza a necessidade de longos deslocamentos e melhora a organização da saída de mercadorias.
- Adaptação do layout para otimizar o fluxo de movimentação interna: redesenhar os corredores, pontos de carga e descarga e locais de armazenamento de alto giro pode aumentar a eficiência sem necessidade de expansão da estrutura física.
3. Treinamento contínuo e motivação da equipe
Para mitigar os efeitos da alta rotatividade, é essencial investir em treinamentos constantes, proporcionando capacitação técnica e reforçando boas práticas de segurança. Além disso, estratégias de gamificação e reconhecimento de desempenho podem aumentar o engajamento e reduzir o turnover.
4. Manutenção preditiva de equipamentos
A implementação de um programa de manutenção preditiva, utilizando sensores IoT para monitoramento em tempo real de equipamentos, permite a antecipação de falhas e evita paradas inesperadas. Isso garante maior disponibilidade das máquinas e aumenta a confiabilidade da operação.
Além do uso de tecnologia, é essencial estruturar um programa de manutenção preventiva. A criação de cronogramas detalhados para inspeções regulares, lubrificação, ajustes e substituição de peças desgastadas pode prevenir falhas e prolongar a vida útil dos equipamentos.
Estabelecer rotinas de manutenção com checklists padronizados para cada tipo de equipamento contribui para um controle mais eficiente.
A capacitação da equipe para identificar sinais de desgaste e problemas emergentes também desempenha um papel crucial. A adoção de registros detalhados sobre o histórico de manutenção auxilia na análise de padrões de falhas, permitindo ajustes proativos nas estratégias de conservação dos equipamentos.
Empresas que combinam tecnologia de manutenção preditiva com práticas estruturadas de manutenção preventiva reduzem significativamente os custos com reparos emergenciais, evitam interrupções na operação e garantem maior segurança no ambiente de trabalho.
5. Adoção de práticas de segurança operacional
Garantir a segurança no armazém reduz custos com avarias e melhora o ambiente de trabalho. Algumas medidas incluem:
- Sinalização clara de corredores e áreas de risco.
- Limitação de velocidade para empilhadeiras e veículos internos.
- Treinamentos periódicos sobre ergonomia e manuseio seguro de cargas.
- Uso de EPI’s adequados, como cintas ergonômicas e calçados de segurança.
- Utilização de equipamentos adequados para cada tipo de carga, garantindo a movimentação eficiente e segura.
- Adoção de soluções especializadas para cargas complexas, reduzindo riscos de avarias e aumentando a eficiência operacional.
A Combilift é especialista em desenvolver máquinas personalizadas para a operação correta e eficiente dos mais diversos tipos de cargas, desde pequenas até longas, leves e pesadas. Suas soluções inovadoras garantem não apenas a segurança dos operadores, mas também a maximização da produtividade no armazém, evitando desperdícios e aumentando a eficiência logística.
6. Comunicação clara e padronização de processos
Melhorar a comunicação entre setores evita erros operacionais e agiliza a movimentação de cargas. Estratégias como a adoção de dashboards em tempo real e o uso de rádios ou aplicativos internos garantem um fluxo contínuo de informações.
Além disso, a padronização de processos, como recebimento e conferência de mercadorias, reduz inconsistências e melhora a eficiência.
Conclusão
A eficiência na movimentação de cargas é um fator determinante para a competitividade das operações logísticas. Profissionais experientes, como Ricardo Martins, sabem que pequenas melhorias podem gerar grandes impactos na produtividade e nos custos operacionais.
Ao investir em tecnologia, otimizar o layout do armazém, treinar continuamente a equipe, garantir a manutenção preventiva dos equipamentos e aprimorar a comunicação entre setores, é possível superar os principais desafios da movimentação de cargas e transformar a operação em um diferencial competitivo.
Se sua empresa busca aprimorar a eficiência na logística interna, avalie quais dessas estratégias podem ser implementadas para otimizar a movimentação de cargas e garantir um fluxo operacional mais ágil e seguro.
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